Blog Sem Fins Lucrativos, somente com o intuito de divulgar a carreira do piloto Bruno Senna e o IAS. Carol Lo Re

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Senna em Campos




SÃO PAULO – Bueno, almoçamos, os jornalistas, com Bruno Senna e a cúpula da Campos Meta hoje, antes da chuva. Fiz algumas anotações no meu Moleskine que quase já não tem páginas em branco, então vai faltar alguma coisa, porque quando as páginas acabaram eu parei de anotar, e também não anotei nada na hora da sobremesa, que estava muito boa. O cara da Meta, Enrique Rodríguez de Castro, falava comigo e com o Reginaldo Leme, e eu só comia.

Começando do começo, Adrián Campos, o dono da bagaça ao lado da Meta (uma espécie de Traffic, empresa que agencia atletas e faz eventos esportivos) e de mais um sócio cujo nome não anotei, contou que quando corria na Minardi, o orçamento do time era de US$ 7 milhões. Ele pilotou para o time italiano em 1987 e parte de 1988, quando chegou Pierluigi Martini. “Dois pilotos da mesma nacionalidade na mesma equipe não funciona. É um desastre. Os patrocinadores são os mesmos, não dá certo. Pilotos de diferentes nacionalidades abrem o mercado de seus países”, disse.

Assim, fica claro que a dupla Bruno Senna/Nelsinho Piquet, ao menos na Campos, jamais existirá. Aliás, sobre Nelsinho, Adrián disse que conversou com ele só uma vez. Não tem negociação em andamento. E falou que Piquet-pimpolho foi “vítima de grandes interesses da F-1″. O segundo piloto da equipe, segundo o dono, será definido antes do Natal. Os nomes: Pastor Maldonado e Vitaly Petrov. Vai ser o russo. Ele tem grana e correu para a Campos na GP2 asiática.

Depois, Adrián falou com orgulho de sua equipe, que nasceu em 1998 e já conquistou títulos importantes na F-Nissan com Marc Gené (no ano da estreia), Fernando Alonso (1999) e Antonio Garcia (2000). Na GP2, foi campeão entre as equipes em 2008. Um de seus pilotos foi Lucas di Grassi.

Falou sobre Alonso: “É um piloto que faz a equipe funcionar. Felipe Massa pode se beneficiar disso, porque é rápido e a Ferrari gosta muito dele”. Disse que o carro da Campos, que está sendo feito na Itália pela Dallara, vai participar dos quatro testes de fevereiro: três dias em Valência, depois dois testes de quatro dias em Jerez e, por fim, mais um de quatro dias em Barcelona. Elogiou a Cosworth, que está fazendo um ótimo motor, segundo ele. Não contou, mas eu soube, que amanhã se reúne com a Petrobras no Rio. É óbvio que a Petrobras será sua fornecedora de gasolina.

O time tem 90 funcionários, mas quando começar a fazer o carro na Espanha, vai ter 200. Serão 45 por corrida. Isso é regra, todas as equipes estão limitadas a 45 almas por GP. Eu não sabia disso. Contou que o critério de escolha das novas equipes pela FIA foi geográfico, acima de tudo. “Era importante uma equipe espanhola, uma americana, uma da Malásia, que terá dinheiro do governo, e só uma inglesa. Eles não queriam um monte de inglesas. Está nascendo uma nova geração de equipes. Se Max Mosley não tivesse aberto as portas para as novas, a F-1 hoje teria oito times, ou menos.”

Adrián também falou que ninguém tem muita informação sobre as rivais. “Estamos chegando a um meio cheio de tubarões, ninguém confia em ninguém. Por isso, ninguém passa muitas informações.” Contou que a USF1 é aquela sobre a qual menos sabe.

brunoAí chegou a comida e quem começou a falar foi o Bruno, e não anotei muita coisa. Lembro que ele disse que o número 21 foi uma sorte, apenas, nada a ver com a Embratel. Como deram 20 e 21 para a Campos, explicou Bruno, a equipe pediu para a FIA para inscrevê-lo com o 21, mas não disse por quê. “Se dissessem que era por causa de patrocínio, eles não davam. Devem ter dito que era meu número da sorte, algo assim.” O primeiro-sobrinho falou que há duas semanas tem tido reuniões com possíveis patrocinadores no Brasil, mas a prioridade é arrumar grana para a equipe; depois, patrocinadores pessoais.

Da sobremesa já falei, não anotei quase nada do que disse o cara da Meta, comi um merengue com morango, um musse de goiabada com queijo, um pudim de leite, um cheese-cake e um pedaço do crème brûlée da Vanessa Ruiz (a da foto), da CBN. Os acentos do creme eu tirei da internet. Francês é muito difícil. Enrique, o cara da Meta, está cheio de ideias, disse que a equipe vai plantar árvores para compensar a emissão de poluentes de seus carros, quer que a Campos seja uma “ecoequipe”, que precisa conquistar os jovens e que os novos times da F-1 são “filhos da crise”, porque foi a crise que afastou as montadoras da categoria.

E foi isso. No fim, ainda ganhamos uma camiseta da equipe. Tamanho G, vai ficar grande, não vou usar
Blog do Gomes