Blog Sem Fins Lucrativos, somente com o intuito de divulgar a carreira do piloto Bruno Senna e o IAS. Carol Lo Re

quarta-feira, 7 de março de 2012

Bruno Senna é capa da edição de março da revista ESPN !!

Bruno Senna é capa da edição de março da revista ESPN!

Bruno Senna: "O meio do grid vai estar apertado"


Piloto da Williams faz balanço da pré-temporada e minimiza pressão sobre brasileiros

SÃO PAULO - Depois de completar a distância de quase 18 grandes prêmios na pré-temporada, a primeira desde estreou na Fórmula 1 em 2010, Bruno Senna diz que a Williams está pronta para brigar pela meta de se classificar regularmente na zona de pontos. Mas adverte que os ensaios em Jerez de La Frontera e Barcelona sugerem uma disputa mais embolada que nos últimos anos. "O meio do grid vai estar apertado", analisa, satisfeito com a resistência e o potencial de desenvolvimento do FW34.

Nesta semana, Bruno respondeu a perguntas enviadas por jornalistas brasileiros. Minimizou a pressão sobre os dois únicos representantes do País na Fórmula 1 - "todos os pilotos têm grande pressão para entregar resultados" -, colocou McLaren e Red Bull um passo à frente das rivais mais próximas e admitiu que o duelo com o companheiro Pastor Maldonado pesará no balanço final do campeonato. "O que vai determinar se foi uma boa temporada é aproveitar o máximo possível de todas as corridas e entregar sempre o máximo que o carro pode entregar", alegou.

P - No que o FW34 da Williams é diferente do R31 da Renault em termos de pilotagem e acerto?

Bruno Senna - Para falar a verdade, o R34 é muito diferente do R31. Tem muita diferença em termos de acerto mecânico e também na filosofia da aerodinâmica do carro. Os carros têm estilo de pilotagem bem diferentes, mas no final das contas o que conta são os pneus da Pirelli, e a gente está aprendendo bastante sobre isso. Os engenheiros melhoraram muito o carro em relação ao uso dos pneus e o R31 era bem mais macio em termos de suspensão. O FW34 é bem mais duro e, com certeza, as filosofias de acertos são bem diferentes neste sentido também.

P - O desempenho nos testes mostrou que a Williams tem pelo menos um carro confiável. Diante do que foi apresentado pelas demais equipes, já dá afirmar que a Williams avançou e não é mais apenas a 9ª força da Fórmula 1?

BS - Ainda é difícil dizer exatamente onde estamos em relação às outras equipes no grid. Com certeza, o carro tem boa confiabilidade. A gente conseguiu fazer 18 distâncias de corrida nessa pré-temporada acho que isto demonstra boa confiabilidade do carro, os problemas que tivemos foram sendo resolvidos e a maioria deles já foi resolvida. Claro que ninguém começa a temporada com o carro 100% pronto para correr sem nenhum problema, mas estamos bem próximos disso. E acho que o meio do grid vai estar bem apertado, vai estar todo mundo muito próximo um do outro. A gente vai ter de ralar bastante para conseguir andar na frente deles, mas o mais importante é ver o progresso que a equipe está tendo agora já nesta pré temporada.

P - Depois da longa espera pela estabilidade na Fórmula 1, finalmente um alívio. O que mudou em sua preparação para 2012 em comparação com os últimos dois anos?

BS - A preparação para 2012 obviamente foi muito diferente dos últimos anos. Até o ano passado tudo o que eu podia fazer durante este período da pré-temporada era preparação física. Agora pudemos andar no carro, fazendo preparação técnica com os engenheiros, com a equipe e tudo isso fez toda a diferença nesta pré-temporada. Chego neste estágio do campeonato com uma preparação provavelmente melhor que terminei o ano passado na corrida do Brasil.

P - A família Senna tem história na Fórmula 1. Isso, de alguma forma, passa pela sua cabeça, faz alguma diferença? É um orgulho para você?

BS - Claro que a família Senna tem história na equipe, a gente teve por aqui há alguns anos atrás e infelizmente a história foi um pouco curta. Mas todo mundo estava muito contente quando conseguimos o acento aqui na Williams para este ano. E com certeza é um motivo de muito orgulho para mim estar numa equipe com tanta história e tanta tradição. É muito importante conhecer o pessoal que trabalhava aqui, que estava junto com o Ayrton, que conversava com ele, muita gente veio falar comigo, é muito interessante realmente ver esta história, mas na hora do trabalho isso não passa pela minha cabeça. O que importa é entregar bom resultado na pista.

P - A Williams não tem conquistado os mesmos resultados do início da década de 90. Quais as suas expectativas e da equipe para 2012?

BS - A intenção da equipe sempre foi estar de volta aos dez primeiros, algo que não é fácil porque o salto é grande em relação à performance do ano passado. Mas esta é a meta que a equipe se colocou para este ano e, pela experiência da pré-temporada, acho que a gente está competitivo neste sentido. Vai ser muito apertado entre o pessoal que está na entrada dos dez primeiros, mas a gente vai ralar bastante para conseguir estar sempre por ali, marcando os pontos.

P - E em relação às adversárias? Quais as favoritas, as surpresas, qual o panorama da briga pelo campeonato na sua visão?

BS - Todas as equipes tiveram um pulo para frente, acho que a Force India, Toro Rosso e a Sauber estão fortes. Elas tiveram uma evolução razoável em relação ao ano passado, a Lotus também parece estar forte, a Mercedes também está ali junto com tudo mundo, parece. A Ferrari não aparenta estar com tanta performance, a não ser eles estejam escondendo o jogo. E a McLaren e a Red Bull estão um pouco na frente de todo mundo, pelo que parece. Acho que a grande surpresa foi a Caterham, que está tendo uma performance razoável chegando nas equipes que estão na frente. Então vai ser bem interessante ver o que vai acontecer. Espero que a gente esteja na frente de todo mundo.

P - O que achou da contratação do Alexander Wurz para ser uma espécie de tutor seu e do Pastor Maldonado? Você se sentiu menosprezado ou entende a necessidade de alguém mais experiente? Como tem sido a relação entre vocês? Ele tem ajudado no acerto do carro?

BS - Com certeza, o Alex Wurz vai ser muito bom para mim e para o Pastor em termos de ajudar a gente achar o caminho às vezes, quando tivermos algumas dificuldades. A experiência dele é muito importante em relação ao que a gente consegue entender das pistas, da evolução dos carros. A gente vai sempre poder pegar um pouco da experiência dele e ajudar a nós mesmos para entregar o melhor resultado. Não tem nenhum tipo de sentimento de ser menosprezado porque a experiência é sempre bem-vinda. E tenho certeza que a equipe me escolheu porque confia 100% em mim. Depois da pré-temporada, estou bastante confiante do que a gente vai poder entregar.

P- Tanto você quanto Felipe Massa têm contratos curtos e precisarão ir bem neste ano, evitando que o Brasil fique sem piloto na Fórmula 1 em 2013. Essa situação preocupa? Como é lidar com essa pressão?

BS - Todos os pilotos, independentemente de serem brasileiros ou não, têm a pressão grande para entregar resultados. Ser brasileiro ou não, não faz diferença no contexto da Fórmula 1. Claro que é muito importante para a gente ter brasileiros na Fórmula 1, mas estamos fazendo sempre o máximo que podemos, independentemente da duração do contrato. Acho que esse é o começo da minha carreira; com um bom trabalho neste ano, a gente pode estender esses contratos e, se Deus quiser, ficar bastante no futuro.

P - Mas a pressão não será maior porque os brasileiros são apenas dois?

BS - Acho que a pressão não vai ser maior. Acho que a torcida do Brasil vai dar mais apoio para a gente porque acredita no nosso potencial. Todos sabem que a gente está sempre fazendo o máximo que pode, nunca menos de 100%. Com certeza, o carinho da torcida faz toda a diferença para a gente.

P - Será mais difícil encontrar o acerto do carro neste ano com dois pilotos jovens na equipe?

BS - Somos pilotos jovens, mas com bastante experiência com os carros que pilotamos antes. Estive em carros diferentes na Fórmula 1 e tenho uma boa referência. Nesta pré-temporada a gente trabalhou com os engenheiros com muita experiência para ajudar a gente e estamos indo num caminho positivo.

P - Ao final de 2012, o que precisará ter feito para considerar que teve uma boa temporada?

BS - O que vai que decidir se foi uma boa temporada ou não é aproveitar o máximo possível de todas as corridas, entregar sempre o máximo que o carro pode entregar. Minha primeira referência é meu companheiro de equipe, e a gente vai ter de ver no final da temporada onde a gente vai estar. É isso que vai determinar se foi uma boa temporada.

P - Quais as coisas boas e ruins do seu carro, depois dos primeiros testes?

BS - O carro tem boas características. Acho que temos bastante potencial de melhorar o carro e achar mais velocidade, mas ele tem sido muito confiável. Conseguimos fazer muita quilometragem e o carro é dócil de pilotar no limite. Acredito que vamos poder achar mais velocidade no carro com os upgrades que vão sendo trazidos. E acho que vamos melhorar ainda mais em relação ao consumo dos pneus, que também já é um positivo do carro.

Para ouvir a entrevista, acesse:
http://www.mfdois.com.br/audio/bruno_brazil_audio1.mp3
http://www.mfdois.com.br/audio/bruno_brazil_audio2.mp3

Fonte: MF2 Serviços Jornalísticos
Foto: Williams F1


domingo, 4 de março de 2012

Bruno Senna diz que carros estão mais "dóceis" de pilotar

"Acidentes e quebras foram poucos na pré-temporada", analisa piloto da Williams

SÃO PAULO - Bruno Senna concluiu neste domingo sua primeira pré-temporada na Fórmula 1 estabelecendo o terceiro tempo no quarto e último dia da terceira bateria de ensaios em Barcelona. O piloto brasileiro treinou apenas no período da manhã e depois passou o comando da Williams FW34-Renault para o venezuelano Pastor Maldonado, que fechou a prática na 9ª posição. O mais veloz foi o finlandês Kimi Räikkönen, da Lotus, dono da volta mais rápida da semana - 1min22s030.

Bruno ficou a apenas 266 milésimos do tempo de Räikkönen e na mesma casa decimal do espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, o segundo mais veloz na Catalunha. Mais do que com o resultado final do dia, Bruno deixou o autódromo satisfeito com o balanço dos testes. "A equipe fez um trabalho maravilhoso e me entendi muito bem com meu engenheiro. Hoje, por exemplo, testei algumas coisas novas e conseguimos aprender bastante com os pneus. No total geral, completamos a quilometragem de quase 18 grandes prêmios, ou seja, praticamente um campeonato completo", lembrou.

Os números que emergem dos treinos coletivos sugerem que o equilíbrio do campeonato que será aberto no próximo dia 18 em Melbourne poderá ser maior do que nas duas temporadas anteriores, mas Bruno prefere adotar uma postura cautelosa e esperar pela primeira corrida. "Não dá para saber as exatas condições de cada carro nestes treinos, embora a gente sempre tenha uma ideia do que os outros estão fazendo."

Bruno disse que as diferenças podem ter caído também em razão da característica que os carros estão apresentando. "Eles são bastante dóceis de pilotar. Basta ver que não houve nenhuma batida mais séria, a não ser uma ou outra escapadinha. As quebras também foram poucas", observou. Mesmo satisfeito com a evolução sentida com o carro ao longo dos treinos, Bruno não quis fazer qualquer previsão a respeito de suas chances e da Williams em 2012. "Prefiro dizer que estou contente com o resultado dos trabalhos e tudo aquilo que aprendemos desde os testes em Jerez."

Na terça-feira, Bruno terá a última atividade antes de voltar ao carro para os treinos da sexta-feira na pista de Albert Park. Ele passará pela sede da Williams, em Grove, para uma sessão de treinos no simulador da equipe.

Fonte: MF2 Serviços Jornalísticos

Foto: Williams F1/MF2

Bruno Senna recebe o apoio dos fãs através de faixas colocadas nas arquibancadas


E a equipe Williams F1 acabou de enviar uma foto da nossa faixa de apoio ao Bruno Senna, com a seguinte mensagem: "Spotted some love for Bruno opposite our pit garage!"
Novamente, agradecemos imensamente ao nosso amigo francês, Romain Buttez, do Blog http://brunosenna.skyrock.com/ responsável por colocar a nossa faixa ao lado da sua, na frente da garagem da Williams F1, no circuito de Montmeló.

Foto: Reprodução twitter Williams F1 Team

Bruno Senna marca 3º tempo na manhã em Barcelona

Brasileiro encerrou sua participação na pré-temporada com a 3ª marca da manhã.

Os tempos da manhã na Catalunha:
1º. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault), 1min22s030 (41 voltas)
2º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 0s220 (63)
3º. Bruno Senna (BRA/Williams-Renault), a 0s266 (53)
4º. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes), a 0s282 (45)
5º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 0s356 (57)
6º. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), a 0s400 (60)
7º. Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault), a 0s765 (43)
8º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 0s909 (57)
9º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari), a 1s363 (53)
10º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 1s578 (15)


Foto: Williams F1