Blog Sem Fins Lucrativos, somente com o intuito de divulgar a carreira do piloto Bruno Senna e o IAS. Carol Lo Re

sábado, 20 de março de 2010

Ayrton Senna 50 anos.

Senna morreu na Itália, aos 34 anos Em um mês marcado pela inédita prova da Fórmula Indy em São Paulo e pelo início de uma temporada de Fórmula 1 apontada pelo próprio Bernie Ecclestone como "sensacional", os fãs de automobilismo não se esquecem de uma data: 21 de março. Curiosamente, este dia não tem prevista nenhuma grande disputa nas pistas. Os carros, neste domingo, serão meros coadjuvantes nas lembranças dos 50 anos de idade de Ayrton Senna da Silva (veja fotos da carreira do piloto mais abaixo). Nascido em 21 de março de 1960, Ayrton Senna teve o nome alçado à condição de ídolo nacional graças às performances ousadas, à perseverança e aos bons resultados obtidos em 11 anos na Fórmula 1. Sua morte, transmitida quase ao vivo em rede nacional há 16 anos, provocou uma comoção no Brasil só comparável ao falecimento de estadistas como Getúlio Vargas e Tancredo Neves. Para homenagear o ídolo, diversas ações foram programadas: o Salão do Automóvel de São Paulo, por exemplo, terá Senna como um dos temas. A organização do evento, que começa em 28 de outubro, garante estar reservando algumas surpresas aos mais de 600 mil visitantes que prestigiarão o evento. Produtos como um capacete Ayrton Senna 50 anos, da autoria de Sid Mosca, criador de todos os capacetes do piloto, também serão colocados à venda. Uma estátua de 18 centímetros do piloto e uma miniatura da McLaren com o piloto segurando a bandeira do Brasil serão lançadas no mês que vem. Piloto nunca escondeu paixão pelo Corinthians Ciente das preferências futebolísticas de Ayrton, o Corinthians e a Gaviões da Fiel decidiram prestar a sua gratidão. No jogo contra o Grêmio Prudente, neste domingo, os jogadores do Timão vão entrar em campo com uma faixa em homenagem a Senna. Já a torcida organizada pretende abrir uma grande bandeira nas arquibancadas. Na Internet, Senna também é lembrado pelos fãs. Além de inúmeros sites e posts de blogs dedicados ao tricampeão mundial, a tag #Senna50 já está entre as palavras mais digitadas na rede social Twitter desde a sexta-feira. Um site (www.senna50.com.br) foi criado para reproduzir todas estas mensagens, formando o que pretende ser o maior cartão de aniversário do mundo. Quem não é usuário do Twitter pode participar postando na própria página. Quem deixar mensagem concorrerá a prêmios. "Ayrton está presente no coração dos brasileiros pelos valores que seguia na vida e nas pistas: motivação, dedicação, determinação, perfeição e superação. Em um ano como este, de celebração, tudo isso vem à tona, relembrando a trajetória vitoriosa de meu irmão. Sobretudo, essas homenagens resgatam, em cada um de nós, aquilo que ele simbolizava quando levava a nossa bandeira ao pódio: o lado luminoso do País. Um Brasil campeão!", comentou Viviane Senna, irmã de Ayrton e presidente do Instituto Ayrton Senna, que desenvolve programas educacionais em todo o país. Para homenagear o tricampeão mundial, a Gazeta Esportiva.Net selecionou em seus arquivos algumas fotos relacionadas ao piloto. Confira:


Pai construiu o primeiro kart para o paulista, que levou a brincadeira a sério. Aos 16 anos, Senna defendia a equipe Rheem Metalúrgica no Kart Bong's de 1976, categoria duplas, disputado no Kartódromo de Interlagos.


Em 1979, Ayrton desembarca no Brasil com o vice-campeonato mundial de kart na bagagem.


Dois anos mais tarde, o jovem piloto estreou na Fórmula Ford 1600 em Brands Hatch. Na foto, ele compete na segunda etapa do ano, Thruxton, onde ficou com a terceira posição.



Depois da obrigatória (e excelente) passagem pela Fórmula 3, Senna chegou à Fórmula 1 em 1984 pela Toleman. Ao todo, ele disputou 11 temporadas, com três titulos (1988, 1990 e 1991).


Em novembro de 1984, Senna se encontra com Emerson Fittipaldi e Chico Landi. Em junho daquele ano, ele havia conquistado seu primeiro pódio na Fórmula 1, com um show debaixo de um temporal em Mônaco: após sair da 13ª posição, ficou em segundo, prejudicado pela interrupção da prova quando preparava-se para ultrapassar o líder Alain Prost.
Na temporada seguinte, a Lotus contratou o brasileiro. Foi pela lendária equipe que Ayrton conseguiu sua primeira vitória na Fórmula 1, com direito à pole e outro desempenho memorável debaixo de forte chuva, desta vez no circuito português de Estoril.



Mãe do piloto, Neide Senna também acompanhava a carreira de Ayrton pela A Gazeta Esportiva
A transferência para a McLaren ocorreu em 1988. Na escuderia inglesa, o paulista conquistaria seus três títulos mundiais.


Mas nem só de alegrias viveu Senna na McLaren. O francês Alain Prost se tornou seu grande rival, especialmente após as polêmicas disputas de título em 1989 e 1990. Na foto, os dois conversam nos boxes de Jacarepaguá antes do GP do Brasil de 1988.



Irritado com Ron Dennis e prevendo um domínio da Williams no campeonato de 1993, Ayrton convoca coletiva para falar sobre a possibilidade de ir para a Indy. Ele chegou até mesmo a testar na Penske, onde teria Emerson Fittipaldi como companheiro de equipe.


Senna só conseguiu triunfar no Brasil como piloto de Fórmula 1 em 1991, sua oitava tentativa. A corrida, dramática, terminou com o dono da casa exausto após cruzar a linha de chegada sem cinco das seis marchas de seu carro.


Se Interlagos está no calendário da Fórmula 1 hoje, deve muito a Senna. O piloto trabalhou muito nos bastidores para que a etapa de São Paulo voltasse a sediar a categoria a partir de 1990. Até carro de terraplanagem ele dirigiu durante as obras no circuito.


O esforço valeu a pena: além de 1991, ele também venceu em Interlagos em 1993. Na ocasião, a torcida, extasiada, invadiu a pista e o carregou no colo. No caminho para o pódio, os comissários de prova também pararam para aplaudir o ídolo.
Menos de um mês e meio antes de morrer, Senna disputou seu primeiro e único GP do Brasil pela Williams, etapa que abriu o Mundial de 1994. O time havia sido a sensação das duas temporadas anterores, com os títulos de Nigel Mansell e Alain Prost.
A torcida apoiou e Senna conquistou a pole em Interlagos-1994. Ele ainda liderou o começo da disputa, mas abandonou na volta 56 ao errar na entrada da Junção.

A morte de Senna, em 1º de maio de 1994, parou o Brasil. Até hoje, fãs depositam flores e homenagens no túmulo do esportista, localizado no Cemitério do Morumby.
O sobrenome Senna, porém, segue no automobilismo. Em 1991, aos oito anos, o sobrinho do piloto, Bruno Senna, já demonstrava seu interesse por corridas durante a inauguração do kartódromo particular da família, em Tatuí.



Bruno ficou alguns anos afastado das pistas devido ao receio da família após a morte do tio, mas voltou a competir em 2004. Em uma ascensão meteórica, chegou à Formula 1 este ano, onde compete pela novata Hispania Racing (HRT).
Gazeta Esportiva.