SÃO PAULO - Bruno Senna estabeleceu algumas metas para o Grande Prêmio do Brasil, prova que fecha o calendário de 2011 neste domingo em São Paulo. Nesta quarta-feira, durante encontro com a imprensa em hotel na zona sul da capital paulista, Bruno mostrou que tem uma ideia bem definida do que seria um bom resultado em Interlagos."Antes de mais nada, bater o (Vitaly) Petrov, porque o companheiro de equipe é sempre a melhor referência. Também seria legal chegar na zona de pontos para terminar o ano com uma nota alta, mas será preciso que os pilotos e a equipe acertem 100%. Mesmo assim, será difícil, porque as características da pista não ajudam nosso carro e as Force India, Toro Rosso e até a Sauber, em algumas vezes, estavam mais velozes nas últimas corridas", explicou.
Pouco antes, a Lotus Renault GP havia divulgado que o polonês Robert Kubica informou à equipe que ainda não pode se comprometer a voltar a pilotar no início do próximo campeonato, apesar da recuperação animadora dos graves ferimentos sofridos em prova de rali em fevereiro. Bruno ocupa a vaga originalmente pertencente a Kubica, mas lembrou que o número de interessados em correr pela Lotus Renault GP está crescendo. Perguntado se Rubens Barrichello seria um "inimigo" nessa corrida, Bruno não fugiu à questão. "Todos os pilotos que estão no mercado em busca de um assento são meus inimigos", disse, citando o próprio piloto reseva Romains Grosjean e o alemão Adrian Sutil, cujo futuro na Force India permanece indefinido.
Bruno se mostrou otimista com as negociações que vem travando em todos os flancos. "Temos tido conversas animadoras com os patrocinadores e com a equipe. Atualmente, é difícil um piloto chegar à Fórmula 1 se não trouxer um patrocinador ou fizer parte do programa de uma equipe. Sei que a Lotus Renault GP está contente com meu trabalho. Fiz algumas boas corridas, outras nem tanto, mas a questão da falta de quilometragem faz diferença e foi entendida internamente." Bruno observou que um eventual resultado positivo não terá peso determinante para sua permanência na equipe. "Seria bom, mas serei julgado pelo que fiz no conjunto de todas as corridas", acrescentou. "Tudo o que eu quero agora é acertar minha situação o quanto antes possível para finalmente voltar a fazer um ano estável, o que não tenho desde 2008 na Fórmula GP2."
Durante a entrevista, Bruno revelou a bandeira da campanha Sennatri, criada para marcar os 20 anos da conquista do tricampeonato de Ayrton Senna na Fórmula 1. A peça é inspirada na bandeira brasileira e foi decorada com centenas de fotos de torcedores que aderiram ao chamado para recordar o último título mundial conquistado por um brasileiro e, ao mesmo tempo, contribuíram para os projetos educacionais do Instituto Ayrton Senna. "Ficamos impressionados com a receptividade. Tem foto de gente de todo o mundo", afirmou Bruno. Segundo ele, essa não será a única homenagem ao tio no fim de semana. "O Rubinho e o Felipe Massa também usarão um capacete com uma lembrança", adiantou. Bruno correrá novamente com o capacete com o logo da campanha.
Amanhã, Bruno deverá levantar o pé dos eventos promocionais e começar a se preocupar com a abertura dos treinos livres na sexta-feira. Pela manhã, estará no autódromo para participar da entrevista oficial da FIA. A semana tem sido cheia: na terça-feira, Bruno passou praticamente todo o dia visitando a fábrica da Renault em São José dos Pinhais, nas vizinhanças de Curitiba. Hoje, além de falar com os jornalistas, foi até à pista da Pirelli no interior paulista para gravar vídeo para o F1 Rocks juntamente com Petrov e as estrelas da música Macy Gray e Jessy J.
Fonte: MF2 Serviços Jornalísticos
Foto: LRGP/MF2