Por: Ademir B. Junior
Colaborador deste blog
Resolvi elaborar um pequeno e despretensioso texto a respeito da participação do piloto Bruno Senna no Programa Pit Stop desta terça-feira, dia 27 de janeiro.
Bruno esclareceu que os responsáveis pela transação do espólio da equipe japonesa atuam em duas frentes: (i) tentando buscar um comprador que garanta o futuro da equipe por no mínimo três anos; (ii) como a negociação é complexa, especialmente, pela crise mundial, não é descartada a possibilidade de a equipe continuar com os recursos já recebidos da Honda, aliados aos direitos de imagem e com possível intervenção do Bernie Ecclestone nesse processo. De concreto mesmo, só o fato de que a equipe terá de se acertar durante a temporada que se inicia no final de março, uma vez que se tornou praticamente inviável a realização dos testes de inverno.
Outro fator a destacar foi sua sinceridade (habitual, diga-se de passagem). Bruno descreveu seu com a postura adotada pela então equipe Honda, que, inicialmente, o avaliaria em Barcelona, juntamente com o Lucas di Grassi e utilizaria o Jenson Button como referencial. No entanto, posteriormente, os dirigentes assinalavam a possibilidade da realização de um novo teste em Jerez, ainda no final de 2008, para confrontá-lo com o Rubens Barrichello, sob a justificativa de que Button não teria servido como referência para avaliar o seu potencial. Bruno sentiu-se frustrado, pois seu ótimo teste realizado em Barcelona pareceu um pouco inútil frente a possibilidade do novo teste (o qual nem veio a ser realizado, ante o anúncio de retirada dos japoneses).
Aqui, peço licença para um comentário pessoal: temo que tais declarações concedidas pelo Bruno sejam utilizadas fora de contexto, com manchetes criando um falso conflito entre o Bruno e Ross Brawn (o último até então, receoso de contratar um piloto jovem para ser o titular da equipe em 2009).
Por outro lado, Bruno Senna mencionou que não dispõe de patrocinadores/ recursos capazes de lhe garantir um cockpit na equipe Toro Rosso e mostrou nem ser este o seu objetivo. Nada mais sensato, afinal, assim como Bruno, entendo que a contratação deve ser feita pelo desempenho e não apenas pelos valores trazidos pelo piloto, conforme pretende a equipe italiana.
Portanto, Bruno deixou claro suas atuais opções para a temporada de 2009: a) Fórmula 1 no cockpit da sucessora da Honda; b) caso a negociação com a equipe japonesa não dê certo, mais um ano de GP2, com preferência, pela equipe iSport International.
Fica registrada a torcida para que tudo se resolva nas próximas semanas da melhor forma possível ao piloto brasileiro.
Por fim, gostaria de destacar a participação de muitos admiradores do piloto Bruno Senna que tiveram suas questões respondidas no ar, dentre os quais me incluo, assim como a proprietária deste blog Carol Lo Re.
Para conferir na íntegra a participação de Bruno Senna no Programa PIT STOP da UOL, acesse o blog do jornalista FÁBIO SEIXAS e busque pelo programa de nº 83 no seguinte endereço:
http://fabioseixas.folha.blog.uol.com.br/pitvideo/
