Piloto da Equipe Raízen anda rápido e
faz até simulação de corrida em Interlagos
SÃO PAULO - Depois do
breve "shakedown" da véspera, quando apenas checou o funcionamento de
todos os sistemas do carro, Bruno Senna pôde começar a explorar todo o
potencial da Stock Car nos treinos extras da Corrida do Milhão. Convidado
especial da organização, o piloto da Equipe Raízen completou 73 voltas ao longo
das três sessões de uma hora exclusivas a que teve direito e impressionou
positivamente ao estabelecer o tempo de 1min39s691 na melhor passagem pelo
circuito de Interlagos. "Estou contente com os resultados. Estou
apenas no começo do trabalho, mas acho que estamos indo bem",
resumiu.
O treinamento do ex-piloto da Fórmula 1 chamou a atenção na manhã desta sexta-feira em Interlagos e foi acompanhado atentamente pelos colegas, inclusive pelos quatro candidatos ao título neste domingo - Thiago Camilo, Daniel Serra, Ricardo Maurício e Cacá Bueno. De uma forma geral, todos elogiaram o que parece estar sendo uma tranquila adaptação do piloto da Equipe Raízen à principal categoria do automobilismo nacional.
Bruno entrou na pista pouco depois das 8 horas e aos poucos foi aumentando o ritmo. Mesmo sem usar o botão de ultrapassagem, que chega a gerar uma potência adicional de 120 cavalos aos 480 regulares do motor V8, Bruno cravou a melhor volta no segundo turno. No último, realizou uma simulação de corrida, girando 21 voltas antes de parar para o reabastecimento e prosseguir até o limite das 31 que durarão a última prova do ano.
Mesmo satisfeito com a evolução apresentada a cada saída dos boxes, Bruno reconheceu que ainda há muito a aprender. "Ainda não estou totalmente confortável. Estes pneus não têm a mesma aderência à que eu estava acostumado no Mundial de Endurance. Ainda não cheguei ao meu limite, também porque é muito fácil sair de traseira quando se passa do ponto. Ainda bem que este carro aceita mais essas traseiradas, porque no Endurance elas podem resultar em batidas", comparou.
Bruno disse que sentiu dificuldades também com a chicane da Subida do Café, utilizada apenas em competições nacionais. "Acho que estou perdendo uns dois décimos ali. Nunca corri aqui com essa chicane e ainda estou me entendendo com ela", explicou. Bruno acrescentou que os comandos do volante também são um complicador adicional, pelo posicionamento diferente em relação ao modelo da Aston Martin. "O botão do rádio fica na parte de baixo do volante e faz com que eu tenha de baixar a mão esquerda para acioná-lo". Sobre o botão de ultrapassagem, Bruno elogiou o ganho de performance. "Dá para sentir claramente a diferença. Acho que deve render pelo menos meio segundo por volta."
No período da tarde, a partir das 16 horas, Bruno travaria o primeiro confronto com os 34 pilotos que correrão atrás da premiação milionária deste fim de semana.
Fonte: MF2 Serviços
Jornalísticos
Foto: Miguel Costa Jr/MF2