Blog Sem Fins Lucrativos, somente com o intuito de divulgar a carreira do piloto Bruno Senna e o IAS. Carol Lo Re

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bruno Senna sobre o GP da Coreia: “O traçado da pista sugere que os pontos fracos em Cingapura não serão tão pronunciados.”

Com o pé pesado no GP do Japão, Bruno quer acelerar ainda mais do que em Suzuka…

O que dá para tirar da corrida no Japão?
Bruno Senna: A corrida foi um pouco dura em Suzuka. A largada foi difícil depois que fui espremido na curva 2 e perdi algumas posições. Depois não senti ter carro para andar no mesmo nível do Petrov.Toda vez que eu apertava o ritmo o carro parecia muito arisco e acabei saindo da pista em várias ocasiões. Com isso, fiquei atrás de carros que vinham na mesma balada ou um pouco mais lentos, e preso atrás deles não pude passá-los.
Olhando a telemetria descobrimos que tínhamos um pouco de problema com a pressão aerodinâmica, já que estávamos perdendo a carga ao longo da corrida. Você não vai querer que isso aconteça numa pista de alta. Uma das coisas mais legais do fim de semana foi sair da minha batida no terceiro treino livre para qualificar com o mesmo tempo de meu companheiro - acho que dá para ver o lado positivo disso. A equipe fez um excelente trabalho de deixar o carro pronto num tempo tão curto depois do meu erro (no terceiro treino livre) e fiquei feliz de retribuir com um bom resultado para eles, passando ao Q3. Estamos trabalhando bem em equipe e estou aprendendo muito a cada corrida com os engenheiros e os mecânicos.

Como você lida com a pressão de acabar de voltar da batida no terceiro treino livre e ainda conseguir se qualificar tão bem?
BS: Eu ajudei a equipe a reconstruir o carro e eu mesmo sangrei meus próprios freios! E olha que fiz um bom trabalho, porque o pedal ficou firme! Na qualificação eu tinha que «deixar o cérebro na garagem», como Eric me disse: ’Simplesmente pilote sem pensar no acidente’, e foi o que fiz. Fui lá e andei como se não tivesse nada a perder naquele momento. Eu sabia que o carro estava bom o suficiente para qualificar entre os dez primeiros e foi isso o que consegui.

Próxima parada Coreia – que lembranças tem do ano passado?
BS: Minhas lembranças do ano passado não são muito boas; tive problemas na suspensão na sessão de treino e depois as coisas se complicaram para mim por causa da chuva, do safety car e, em seguida, a bandeira vermelha. Foi uma forma bem difícil de conhecer uma nova pista e, certamente, um fim de semana agitado. Este ano vai ser como começar de novo.

Qual a sua impressão do circuito?
BS: É uma pista difícil, e acho que existem muitos lugares onde você pode cometer erros. Há curvas de camber negativo em vários pontos da pista e isso não é a coisa mais confortável para um piloto. No entanto, isso é igual para todos. Estou esperançoso de que na Coreia poderemos fazer um trabalho baseado em Suzuka para quando levarmos o carro para a pista pela primeira vez na sexta-feira. A partir daí simplesmente acelerar e estabelecer a meta para a qualificação e a corrida.

Com um nível semelhante de pressão aerodinâmica a Suzuka e curvas de média a alta velocidade, você acha que o R31 irá se sair bem?
BS: Sim, acho que vai. A Coreia tem uma demanda maior de tração, mas o tipo de asfalto é bem liso e o traçado sugere que os pontos fracos em Cingapura não serão tão pronunciados. Devemos ser fortes de novo e levar nosso carro para a zona de pontos até o final da temporada.

Fonte e Foto: Lotus Renault GP