SÃO PAULO - Dentro das possibilidades oferecidas pelo carro, Bruno Senna vinha fazendo uma boa corrida no Grande Prêmio da Alemanha. Mas o furo do pneu dianteiro direito, já na segunda metade da prova, obrigou-o a uma parada extra que o deixou distante da briga contra os rivais da Virgin e Lotus, equipes novatas como a sua HRT F1 Team. "O pneu veio esvaziando devagarinho e não teve jeito, tive de entrar nos boxes para a troca", disse Bruno, que recebeu a bandeirada em 19º.
Beneficiado pela punição aplicada ao alemão Timo Glock, que perdeu posições por ter trocado o câmbio depois dos treinos classificatórios, Bruno saiu em 20º. Quando as luzes vermelhas se apagaram, Bruno acelerou forte e ultrapassou Heikki Kovalainen e Adrian Sutil. "O problema é que o Jarno Trulli parecia que estava dormindo na primeira curva. Fui obrigado a frear com tudo para evitar o choque e acabei perdendo tudo o que tinha ganhado", explicou.
A partir daí, no entanto, Bruno aumentou o ritmo e ficou satisfeito com o rendimento do monoposto da equipe espanhola. "Meus tempos de volta estavam muito parecidos com os dos carros da Virgin e da Lotus. Foi pena que o pneu tenha furado mais tarde. Mas, levando tudo em conta, inclusive a excelente volta nos treinos classificatórios, acho que foi um dos finais de semana mais razoáveis desde o início do campeonato", analisou.
Se as características da pista alemã já indicavam que o crônico problema de falta de pressão aerodinâmica do F110 não seria tão dramático em Hockenheim, Bruno não esconde a preocupação com a etapa do próximo domingo em Hungaroring, na Hungria. Travada e com curvas lentas, será um novo desafio para Bruno em seu ano de estréia na Fórmula 1. "Não será fácil para nós", resumiu.
Fonte: MF2 Serviços Jornalísticos
Foto: HRT F1/MF2